domingo, março 10, 2013

Sufrágio Feminino


Abigail Adams, a primeira sufragista americana

Há muito tempo, as mulheres lutam pelo sufrágio feminino, ou seja, o direito a voto. No século XVIII, Abigail Adams foi um dos pontos de partida para uma luta que resultou nessa esperada conquista. Abigail nasceu em 11 de setembro de 1744, em Massachusetts, Estados Unidos. Foi casada com o segundo presidente do país, John Adams e é considerada a primeira sufragista americana. Ela acompanhou a Guerra de Independência Americana, já que seu marido foi um dos líderes da revolta contra os ingleses. Em 1776, Abigail mandou uma carta a John enquanto ele ajudava a escrever a nova Constituição:
“Lembre-se das Senhoras e seja mais generoso e favorável para com elas do que os que o antecederam. Não coloque um poder tão ilimitado nas mãos dos maridos. Lembre-se que todos os homens serão tiranos se puderem. Se não for dada uma atenção e cuidado particulares às senhoras, estamos determinadas a fomentar uma rebelião e não nos sentiremos limitadas por quaisquer leis para a feitura das quais não fomos ouvidas ou representadas.”
Apesar de sua corajosa tentativa, ela não foi atendida. Entretanto, sua atitude fez com que as mulheres começassem a pensar no movimento sufragista que ainda era sufocado pelo sexo masculino.              
Em 1840, o Congresso Mundial Antiescravidão reuniu líderes políticos de todo o mundo, porém as mulheres foram proibidas de participar. Dentre elas, estava a escritora feminista Elizabeth Cady Stanton (1815-1902) que pregava a igualdade da mulher no direito a voto. Além de ser uma das fundadoras da National Woman Suffrage Association; em uma tradução livre: ‘Associação Nacional do Sufrágio Feminino’. Revoltada com essa situação, começou a liderar movimentos que chamavam a atenção da população, como a famosa Convenção de Seneca Falls . (Movimento dos Direitos das Mulheres). A Declaração de Sêneca Falls, que ocorreu nos dias 19 e 20 de Julho de 1848, foi a primeira convenção nos Estados Unidos que lutou pelos direitos da mulher. Esse movimento é considerado o marco inicial da luta pelo voto feminino nos Estados Unidos.  
Passeata pelo voto feminino em Nova York, 1912
Em uma entrevista concedida em 2003 logo após lançar um livro sobre o assunto, a jornalista americana Eleanor Clift conta: “Mulheres foram agredidas nas ruas com frutas podres e insultadas pela imprensa”. 
Passeatas e manifestações à parte, a grande feminista Susan Anthony (amiga e companheira de Elizabeth) escrevia a maioria das reivindicações e propostas da Associação Nacional de Sufrágio. Ela morreu em Nova York em 13 de março de 1906, sem ver a adoção do sufrágio feminino, assim como Elizabeth.   
Depois de muita luta, apenas em 1920 a 19ª emenda da Constituição proibiu a discriminação política com base no sexo, quando Jeannette Rankin foi eleita a primeira mulher para o Congresso. Assim, foi aprovada a proposta do voto para todas as americanas.



Formada em 1890, a National Woman Suffrage Association foi o resultado de uma fusão entre duas facções rivais - o Nacional da Mulher Sufrágio (Associação NWSA) e da American Association Mulher Sufrágio (AWSA). Esses grupos de oposição foram organizados nas décadas de 1860, em parte como resultado de um desacordo sobre estratégia. Combinado ambas as técnicas, garantiu a passagem da Emenda XIX, em 1920, através de uma série de campanhas bem orquestradas de estado. Com objetivo principal NAWSA de emancipação das mulheres agora uma realidade, a organização foi transformada na Liga das Mulheres Eleitoras.



A Convenção de Seneca Falls foi organizada por Lucretia Mott e Elizabeth Cady, que lutavam pelos Direitos das Mulheres, principalmente na área política onde as mulheres não eram vistas, nem ouvidas, e as mulheres começaram a desejar mais do que ser apenas uma dona de casa.
O primeiro país que adotou o sufrágio feminino foi a Nova Zelândia, em 1893, graças à líder feminista Kate Sheppard.Vele ressaltar que em alguns países como o
Kuwait, Arábia Saudita, Qatar, Oman e os Emirados Árabes Unidos, as mulheres ainda não têm direito ao voto.




Escrito por Isabela Guimarães

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