sábado, julho 27, 2013

Diário de Bordo - Argentina

Capítulo quatro - Havana

28 de junho de 2013

     Acordei, me arrumei, chamei a Mirian e descemos para tomar café. O frio estava cortante, mas ainda  estava animada afinal, Buenos Aires me chamava para um passeio matinal.

     Andamos até o metrô. Ele é lotado igual São Paulo. Me senti na Sé hahaha. Tivemos que nos separar. Mirian, Thays e eu fomos primeiro. Os outros chegaram depois no outro vagão. Tirando a grande quantidade de pessoas, os vagões eram todos grafitados. Como uma galeria de arte ao ar livre. Lindo!




     No bairro Retiro, visitamos o ISER, o Instituto Superior de Enseñanza Radiofónica. O Instituto oferece uma formação teórica e técnica para os que querem seguir a carreira radiofônica ou audiovisual. [http://www.iser.gob.ar/sitio/]
     Visitamos todos os espaços. Lá dentro também há um museu, expondo vários objetos que fazem parte da história da comunicação. Em um dos estúdios, uma transmissão de rádio estava no ar. O Renato foi o escolhido para nos representar em uma entrevista \o/ Go, go, go, Renato!













     A Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual foi o tema do nosso próximo bate-papo. A AFSCA (Autoridad Federal de Servicios de Comunicación Audiovisual) enviou algumas pessoas para nos explicarem mais sobre a lei. Exercitamos nossos neurônios absorvendo espanhol puro. Mas foi muito compensador.





     Meio-dia. Hora de almoçar!!! Fomos no mesmo restaurante do dia anterior. Comi talharim ao molho quatro queijos.
     O garçom ainda fez um mini show particular para nós. Dedicou uma música para a Mírian - a qual não sabemos quem canta até agora - e "Ai se eu te pego" para mim. Que honra *_* #sqn hahahahaha
     Depois desse almoço com muitas risadas, não me lembro se voltamos para o hostel e depois saímos, ou se saímos direto... o importante é que saímos!  Hora das compras!
     Cambiei meus trocados (by: Gabriel) e me senti uma pessoa rica hahahaha por alguns instantes apenas, já que conversão de dinheiro não é meu forte.
     Lau, Thays, Mirian, Gabriel e eu andamos por um calçadão maravilhoso. Milhares de lojas nos chamavam. Entramos em uma galeria e uma loja de souvenirs piscou pra mim. Lá achei quase todas as lembrancinhas que precisava.
     Parei em uma loja de roupas e comprei uma blusa vermelha para mim, afinal ninguém é de ferro ehehe.
     O Gabriel se separou de nós. Continuamos por ali até que vi uma loja expondo um sobretudo vermelho. O Lau disse:
     - Nossa, Isa! É a sua cara! Foi feito pra você.
     Entrei no provador e vesti. Abri as cortinas e falei: - Não importa o preço. Eu vou levá-lo!
     E assim foi =D
     Mais tarde ainda comprei um agasalho a la Sonserina (Harry Potter, Malfoy... você sabem).
     Estava frio. Decidimos entrar no Havana. Um café super bonitinho e aconchegante. Eles pediram chocolate e alguns croissants. O Lau contava coisas engraçadas e uma delas fez até a Mirian cuspir o expresso dela.












     Durante alguns minutos, nós rimos e nos aquecemos até a que uma garçonete chegou, olhou para nós e disse com aquele sotaque portenho: - Podem se levantar?
     Nós:





















     Olhamos pro resto do povo ali e nenhum deles havia sido convidado a se levantar. Estávamos sendo expulsos? É sério isso, produção?
     Acabamos indo embora, mas não demos os 10%; Háááá! u_u E ainda voltamos para o hostel cheios de sacolas. Di - van - do!






     Passamos no Carrefour e as pessoas pareciam bem mal-humoradas. Não gostamos. Além de ser expulsa do Havana, ainda tive que aguentar o pouco caso das caixas do mercado. Pode isso?
 

     No hostel, tomei banho e a cama me chamou. O pessoal ficou lá no hall conversando, mas eu não consegui ir até lá. O cansaço venceu. Eu até soube que ameaçaram fazer um montinho em mim, mas não foi concretizado hahahaha.

Por Isabela Guimarães

quarta-feira, julho 17, 2013

Diário de Bordo - Argentina

Capítulo três - Idiota duplamente


27 de junho de 2013


     Acordei 11h. Abri a porta e lá estava a Thays tomando café. Entrei no quarto novamente e acabei acordando a Mirian. Aí vi que a Mari já tinha ido pra Buenos Aires algumas horas mais cedo junto com o Daniel. Saí do quarto novamente e vi que os meninos ainda estavam dormindo. Enquanto escovava os dentes, olhei no espelho e fiquei triste. Queria mais uma dose de Córdoba. Estava tão apaixonante. Eu precisava de mais um pouquinho.
     Saí do banheiro determinada. Tomei café... medialunas \o/ hahaha e fui passear com a Mirian, Thays e Gabriel. Esses dois últimos pararam pra comer empanadas, mas Mirian e eu fomos badalar um pouco. Andamos pela praça principal de Córdoba, tiramos fotos, tomamos Sol, fomos cantadas por uns bêbados e espantamos alguns flangos que voavam por ali. Foi ótimo! Hahahahaha.







     Compramos um rocambole maravilhoso e quando voltamos ao hostel, dividimos com nossos "parças". O Lau e o Antônio também já estavam de saída. Mirian, Thays e eu resolvemos tomar um Sol no jardim. Ouvimos "Patience" do Guns, "Heroes" do titio Bowie e várias dos Beatles. Me deu vontade de dançar pelo jardim.
     Foi aí que no meio das conversas sobre seriados, contei que uma vez fiz um teste que mostrava quem você era em F.R.I.E.N.D.S. . O primeiro, só para garotas, disse que eu era a Phoebe. Depois, de todos os personagens...
     - O JOE?? - Chutou a Mirian já rindo.
     Eu, feliz: - Sim!
     - É, boba igual ele.
     - Pelo menos agora que sei disso, posso fazer um seriado e serei o personagem principal!
     - Ah sim, Phoebe e Joe. Dois idiotas.
     - Idiota duplamente!! Esse é o nome do seriado!
     - É, realmente. - A Mírian refletiu um pouco e disse - Acho que seria um seriado engraçado. =)
 *Saí pulando pelo jardim toda feliz, bem assim:













 * Mentira hahahahahaha maaaas, ainda quero ser chamada de Tribbiani a partir de agora u_u





      Bom, nos despedimos do hostel e entramos em um taxi muito louco, onde o taxista fazia questão de correr na estrada.
     Ah, sobre a foto ao lado... obrigaram-me a fazer essa careta, porque segundo algumas pessoas Mírian, sempre saio com os olhos fechados demais, like a japanese girl. u_u Estávamos dentro do táxi quando ela foi tirada. O motorista correu muito e me assustou quando desceu uma ladeira com tudo. Tive um mini ataque cardíaco hahahaha T-T

 


 


 
 

  O voo foi tranquilo. Comi meu alfajor de chocolate branco *¬* e tentei tomar o "jugo de naranja" de caixinha, mas passei mal e a Mirian tomou pra mim.
     Ah sim, mais um comentário. A dona Mírian não deveria estar sentada ao meu lado, mas como o assento estava vazio, ela migrou. Hahahahaha ainda estava com medo, tadinha. Até falou que estava com medo pro moço do lado. Hahahahahahaha. Detalhe na cara dele ↓







     Já dentro do táxi, admirei a paisagem de Buenos Aires. Com a noite já presente, os letreiros luminosos deixavam tudo mais chamativo e, de certa forma, mágico. Por um momento pensei estar em Shibuya, Tókio, com toda aquela tecnologia a qual não estou acostumada.
     O hostel era lindo! Moraria nele sem problemas, mas ainda sim sentia saudades de Córdoba. Aliás, os cordobenses eram as pessoas mais gentis que conhecia até o momento e estava receosa se os portenhos também seriam.
     Depois de arrumarmos o quarto, todos saímos para jantar em um restaurante na frente do hostel.
Comi nhoque, beberiquei um pouco do vinho que o Antônio tomava e ri das piadas do Renato que ameaçava explodir tudo se a mulher não nos atendesse mais rapidamente.
     Saímos passeando pelas ruas. Alguém queria comprar vinho, não me lembro quem...
     Fomos até o mercado, mas estava fechado. Já passava das 21h. Um mercadinho estava aberto, mas não poderia vender bebida depois de um certo horário. Mesmo assim, ficamos um pouco lá e tiramos fotos naquela máquina que revela instantaneamente. Foi divertido.
     Depois de andar bastante, voltamos com o vinho e com os pés cansados hahaha. Sentamos em um tipo de hall super aconchegante lá no hostel. Nem senti o frio daquela noite. Sentei em um puff com minha coberta e lá fiquei, só ouvindo os planos pro dia seguinte. Uma pipoca cairia bem...

Chegando em Buenos Aires =D


Por Isabela Guimarães

quinta-feira, julho 11, 2013

Diário de Bordo - Argentina


Capítulo dois - "Xô, flango!"


26 de junho de 2013

     - UOU! Por que será que o quarto está tão quentinho? Posso colocar meus pés no chão!
     Foi essa a primeira coisa que pensei ao acordar de manhã. Todo o frio que passei no dia anterior tinha sumido como mágica. Ainda sonolenta, procurei o motivo de tanto calor. E lá estava aquele aquecedor de ar maravilhoso ligado durante toda a noite. Peguei minha roupa, me arrumei e quando abri a porta do quarto, senti o frio que me esperava da lado de fora. Ah, como eu gosto do calor T-T
     Como não tinha outro jeito, me agasalhei mais ainda e fui tomar café. Apaixonei-me por um quitute muito apreciado por lá: Medialunas. Que coisa mais maravilhosa! Comeria isso pelo resto da minha vida \o/

      Bom, fomos caminhando pelas ruas de Córdoba até a Universidad Nacional de Córdoba.O frio estava cortante, mas pra quem tem estilo, o que são alguns graus a menos? ;) Bjs recalque hahahahaha





     Vamos falar sério agora. Os cordobenses são muito simpáticos. Eles realmente sabem como acolher um visitante. Prepararam café, chimarrão, chá, água... tudo enquanto ouvíamos as explicações sobre o campus de comunicação da UNC. Visitamos as salas de aula, a biblioteca, um espaço onde todo o material da faculdade é digitalizado, tornando-se acessível à deficientes visuais.
Conhecemos até uma rádio dentro do campus, a "Rádio Reves"  (http://radioreves.eci.unc.edu.ar/).




 

 



     Na hora do almoço, aproveitamos para passear um pouco pela Cidade Universitária, que faz parte do espaço público de Córdoba e é acessível à população. Agora sim começamos a sentir muito calor e os agasalhos já não eram mais necessários. Aproveitamos pra tirar umas fotinhos de recordação.






     E depois desse break, voltamos à nossa jornada. A UNC possui um grupo, o SRT (Serviço de Radio y Televisión) onde funcionam dois canais de TV e duas estações de rádio. Conhecemos toda a emissora e ainda vimos uma gravação do programa "Buenas y Santas" ao vivo \o/


- Boa noite!

     Com a noite chegando, pegamos o ônibus e fomos para a Faculdade de Línguas de UNC. Um grupo de estudantes da língua portuguesa - e futuros professores - nos esperava para um bate-papo sobre a reportagem como gênero textual. Eles produziram até mesmo um livro com diversas crônicas que estavam muito bem desenvolvidas. Queria ter ficado com o livro. #chatiada
     Queria tanto que quase fui saindo sem querer com ele. Aí o Renato: "Opa Isa. Eu sei que tá legal aí, mas tem que deixar o livro. Hahaha."
Eu:












     Voltamos caminhando para o hostel e eu vi uma das paisagens mais bonitas da minha vida. As arquiteturas que já eram lindas com o Sol, ficaram mais belas ainda com as luzes coloridas que vinham de baixo pra cima. Queria, mais uma vez, que meus olhos tirassem fotos naquele momento.
     Fomos jantar em uma churrascaria. Acabei comendo uma Tortilla já que não como carne, mas senti que fui invejada logo que ela chegou à mesa. Uma omelete enorme com batatas. >.< Ô coisa boa! hahahaha

     Foi aí, nesse jantar aconchegante, que o Gabriel resolveu contar suas histórias que tiram o ar de tantas risadas que provocam.
     Ele contou que umas pessoas (não lembro agora quem, ok?) foram comer na rua e escolheram um chinês que vendia lanches (ou pastel, também não lembro hahahaha u__u). Pediram de frango. O chinês: - Flango? Tá aqui o de flango!
     Enquanto estavam comendo, tinham uns pombos em volta, atrapalhando. O chinês pegou a toalha e espantando os pombos, falou: - Xô, flango! Xô, flanguinho!
     Essa história bastou para que ficássemos quinze minutos rindo. A comida esfriou um pouquinho com essa demora...


Por Isabela Guimarães