domingo, março 10, 2013

ADEUS ANO VELHO, FELIZ ANO NOVO



Com o medo excessivo dos fogos de artifício, cães e gatos passam até por tratamentos alternativos

Ainda faltam alguns meses para a virada de ano, mas a preocupação que os proprietários têm com seus animais de estimação é grande, pois muitos mascotes sentem medo do barulho produzido pelos fogos de artifício. É o de caso Ana Lúcia Cappi, 61, que possui quatro cães da raça cocker spaniel.
Apaixonada por animais, ela já chegou a ter sete cães ao mesmo tempo. Hoje em dia, além dos quatro, tem também uma gata e três cacatuas. E apesar de tanta experiência, Ana ainda sofre com o Réveillon.
Meus cachorros têm medo de fogos de artifício sim. O Milkshake é o que mais fica latindo. Os outros não ligam muito, mas se for muito forte eles ficam apavorados”.
A médica veterinária Amanda Cunha Moraes explica que os animais, em geral, possuem uma audição muito melhor do que a do ser humano. Os cães, por exemplo, captam sons além da nossa frequência. Os humanos ouvem frequências entre 16 e 20.000 Hz, enquanto os cachorros podem ouvir entre 10 e 40.000 Hz. Se um barulho já é alto para nós, para eles é ainda maior. O interessante é que cães e gatos não sofrem na mesma proporção. A audição dos cães é mais sensível do que a dos gatos, portanto eles sofrem mais do que os felinos.
Um tratamento alternativo que pode ser usado para controle do medo do animal é o floral, que está se tornando cada vez mais conhecido e acessível.  “O floral é um desses medicamentos para controle. Ele tem bons efeitos se forem administrados de maneira correta e durante um bom período de tempo. Como é uma medicação natural, demora certo tempo para que o efeito total aja no organismo do animal. Portanto, para começar a serem percebidos os efeitos, o ideal é que sejam administrados cerca de 15 dias antes de determinados eventos que sabemos que irão deixar o animal estressado, como festas de finais de ano”, explica a veterinária.
Além de medo, carência, stress e agressividade podem ser tratados com essas essências, que custam em média R$ 13,00.

 O que fazer?
A grande dúvida dos donos é como agir quando o bichinho começa a se desesperar. Amanda diz que o ideal nesses casos é tentar diminuir os sons para que ele se acalme. Porém é necessário conhecer bem o animal, pois ter atitudes que ele não gosta, normalmente vai deixá-lo ainda mais estressado e piorar a situação. A melhor forma de acalmá-lo é o deixando ficar em algum lugar que ele se sinta seguro. “Muitas vezes é necessário um sedativo para casos mais graves, onde o animal pode sofrer danos maiores, porém já existem medicações no mercado que fazem o controle para que o animal não se assuste tanto com os barulhos altos.”
E depois de todos esses anos cuidando com dedicação, Ana Lúcia usa uma dica que talvez seja a mais eficaz e sincera: carinho
“Quando eles começam a latir e correm para a casinha, fico conversando com eles, para acalmá-los e dizendo ‘Já vai passar’. É a mesma coisa que uma criança com medo, você conversa com ela para acalmá-la”.

Escrito por Isabela Guimarães

Nenhum comentário:

Postar um comentário